terça-feira, 25 de março de 2014

POV Cap. 29

POV's Gustavo
Assim que a Jennifer saiu de casa para se encontrar com Will, Mary me mandou uma mensagem avisando. Eu já tinha acabado de preparar as músicas todas que iam tocar. Estava tudo pronto, então, resolvi voltar pra casa. Liguei para minha mãe para avisar que já estava voltando, mas ela não atendeu. Provavelmente estava com Chris. Mandei uma mensagem. Chris é um cara legal, mas vai ter que suar muito pra ganhar minha aprovação. Não que minha mãe precise da minha aprovação pra namorar, mas se eu descobrir algum podre desse cara, ele está ferrado!
Passei no shopping e comprei um lanche, pois estava morto de fome. Comi dentro do carro que peguei emprestado da minha mãe e depois fui embora. Já eram umas 19:30h quando cheguei. Entrei em casa esperando que só tivessem as meninas, mas minha mãe e Chris já haviam chegado.
- Ah, vocês já chegaram. - Disse sem nenhuma animação na voz.
- Bom te ver também, filho. E ai, deu tudo certo lá?
- Deu. Eles devem estar comendo a essa altura.
- Que bom! - Ela disse. - Eu gosto muito do Will. Fico feliz que eles estejam juntos a tanto tempo. - Ela fez uma pausa. - Há quanto tempo eles estão juntos?
- 1 mês.
- Só? Pensei que eles estivessem namorando esse tempo todo!
- A Jennifer não te contou nada do que aconteceu enquanto você tava fora, não é? - Perguntei.
- Não. Porque?
- Nada demais. Depois ela te fala.
- Como vai a escola, Gustavo? - Perguntou Chris.
- Bem. E o trabalho?
- Bem. - Esse é o mais perto de conversa que eu tenho com ele.
Minha mãe terminou de fazer a janta e nos serviu. Eu demorei o máximo que pude para terminar de comer, pois hoje era o dia que eu combinei com Mary que iria contar a minha mãe da gravidez. Só tinha um problema: eu não faço ideia de como se faz isso!
- Gus, você tá bem? - Minha mãe perguntou. - Você tá pálido.
- Não. To sim. Eu só... - Respirei fundo. - Mãe, posso falar com você um minuto. - Disse olhando para Chris. Só tínhamos nós três ali. As meninas permaneciam no quarto e o resto estava com Will e Jennifer.
- Eu vou dar uma saída. - Disse Chris indo para fora.
- Diga, meu filho. Aconteceu alguma coisa?
- Aconteceu. - Ela me olhava atenta e preocupada. - Eu fiz a maior besteira da minha vida! - Exclamei com a voz trêmula. - Mas essa besteira também é conhecida como milagre. - Tentei amenizar as coisas. - É uma besteira, mas pode ser uma coisa boa. Depende do ponto de vista.
- Entendo. Vamos fazer assim: vá direto ao assunto. - Ela estava sentada na minha frente segurando as minhas mãos, como se dissesse "pode contar comigo pra qualquer coisa". - Assim acaba mais rápido e você não precisa ficar se torturando psicologicamente. Tudo bem? - Assenti. - Agora, respira fundo. - Ela disse com uma voz mansa.
- A Mary tá grávida. - Eu disse de olhos fechamos. Eu tenho medo de ver sua reação.
- Gustavo? - Ela me chamou. Abri os olhos e fiquei olhando para nossas mãos. - Tudo bem. - Ela mantinha a voz calma, porém trêmula. - Vamos passar por isso juntos, ok? - Ela acariciou meu rosto e levantou minha cabeça me fazendo olhar em seus olhos. - Porque você não chama a Mary aqui, para nós 3 conversarmos? - Assenti.
Eu achei que ela fosse gritar, me bater, me dar lição de moral, ou até mesmo me expulsar de casa. Qualquer coisa, menos fazer o que ela fez. Chamei Mary que estava no quarto, e ficamos conversando na cozinha. Até que foi uma conversa tranquila. Minha mãe contou contou histórias engraçadas de quando eu nasci e como ela ficou perdida quando soube da gravidez, afinal, era o primeiro filho dela e sua mão não ajudava em nada.
- E eu não vou cometer o mesmo erro que a minha mão. - Ela disse.
- Mãe, - Eu disse. - Tem mais uma coisa. Os pais da Mary expulsaram ela de casa. - Ela me olhou surpresa, depois suavizou a expressão.
- Então, acho que temos que comprar uma cama de casal pra vocês. - Ela disse e nós sorrimos. Eu tenho a melhor mão do mundo.

POV Cap. 29

POV's Will - Capítulo 29
Jennifer iria chegar atrasada hoje, então, fui para escola acompanhado de Holly. Aproveitamos para decidir algumas coisas que faltavam para hoje à noite.
- Não adianta, Will. - Holly disse. - Só tem o David pra ir buscá-la. 
- Eu posso ir.
- Pela milésima vez: não! Não foi assim que  gente planejou. - Bufei. Esses dois sozinhos de novo.
Jennifer entrou no segundo tempo com uma garota que se apresentou como Louise. Eu já havia a visto conversando com a Mary e a Holly. Vi no olhar de Jennifer que ela não era a melhor companhia do mundo e tive certeza disso durante a aula, enquanto ela virava o tempo todo pra falar coma gente. Pelas caretas que Jennifer fazia, estava gostando cada vez menos dessa garota. Será que ela me mata se eu fizer um pouquinho de ciúmes nela?
As aulas terminaram rápido. Logo era hora do recreio. Enquanto eu esperava a Jennifer sair da sala, Louise se aproximou e começou a conversar comigo. Pela conversa que nós estamos tendo, parece que ela não é tão desmiolada quanto parece. Ela só é desesperada por atenção. Louise conta uma piada a cada 5 segundos. Eu não aguentava mais fingir que estava rindo quando Jennifer chegou.
- Estão falando sobre o que? – Ela pergunta enquanto se aproxima.
- Ela tava me contando... – Comecei a falar.
- Nada demais! – Louise me interrompeu. Dei de ombros. Eu pude ver a raiva nos olhos da Jennifer.
- Tudo bem, então. – Ela definitivamente não sabe esconder os ciúmes. Tive que me segurar pra não cair na gargalhada.
- Vamos? – Perguntei.
- Vamos! – Louise respondeu. Eu e Jennifer a olhamos. – Vocês não se importam de eu almoçar com vocês, não é? – Olhei para Jennifer e ela quase me esquartejou com os olhos.
- Foi mal, Louise – Eu disse. –, mas hoje eu queria ficar sozinho com a Jennifer. Deixa pra próxima, ok?
- Ah, tudo bem. Entendo. – Ela disse e saiu.
- Podíamos ter deixado ela almoçar com a gente. – Disse me sentando na cadeira ao lado da Jennifer. É claro que eu estou brincando.
- Nem pensar! – Jennifer gritou. – Nem a Holly vai sentar com a gente hoje. – Completou num tom baixo de voz.
- Ué... Por que não? - Me fiz de desentendido. 
- William Davis, se você me disser que esqueceu... 
- Meu nome não é William. – Disse ignorando o resto da frase. Ela me olhou com um olhar assassino e eu não aguentei e cai na gargalhada. – Eu to brincando, amor. – Eu disse a abraçando. Agora eu tenho que inventar alguma coisa rápido. – É óbvio que eu não esqueci! - Completei, tentando ganhar tempo.
- Não esqueceu o que, Will? – Perguntou cruzando os braços.
- Que hoje é o aniversário do Dexter! – Respondi fingindo animação.
- Dexter? Que raio é Dexter, garoto?
- Meu cachorro.
- Você tem um cachorro?
- Tenho. Ou tinha. Quer dizer, ele está lá na casa dos meus pais e eu não posso vê-lo e tal... Mas ainda é meu. E hoje ele tá fazendo 5 anos. – Ela bufou. 

- Que seja! – Exclamou e começou a comer o lanche. Ela fica tão linda quando está brava.
No final de todas as aulas, a mandei pra casa sozinha, pois tinha que terminar de fazer um monte de coisas pra hoje à noite. Quando estava indo me encontrar com Holly, Louise apareceu do nada. Na moral, essa garota  está começando a me irritar. Ela não desgrudou de mim um segundo se quer. Enquanto eu tentava me livrar dela, Jennifer apareceu e me beijou do nada, e eu não hesitei eu corresponder.
...
Já são 18h. David já foi buscá-la. O sol já se pôs e já está tudo escuro. A cada minuto que se passa, eu fico mais nervoso. Me sentei em uma das cadeiras e olhei para cima. O céu é mais estrelado aqui. Um filme se passa em minha mente. Um filme cuja protagonista é ela, a minha Jenn. E pensar que eu a quis desde o momento em que a vi pela primeira vez. Aquela garota atrapalha que era motivo de piadas na escola e que caia o tempo todo. Ela não podia ser mais perfeita. Meu celular vibra me arrancando de meus pensamentos. É uma mensagem de David. Ela chegou. Fico em pé na ponta da superfície de madeira em que me encontro a esperando, e quando ela aparece... Ah, ela não podia estar mais linda!
O jantar não poderia ter sido melhor! Foi a noite perfeita. Estávamos realmente precisando disso: um momento tranquilo, um dia sem nenhum problemas. Um momento só nosso. O caminho para casa foi tranquilo, mas assim que abrimos a porta:
- Pai? - Jennifer pergunta incrédula.

sábado, 22 de março de 2014

POV Cap. 28

POV's Tyler - Capítulo 28

Preparamos toda a festa em apenas 3h. Foi o esse o tempo que tivemos, pois, Jennifer saiu mais tarde do que imaginamos. Ela disse que voltaria às 17h, o que não era uma vantagem, já que, Derek e Gustavo ainda não voltaram com a bebida e a comida.
- Temos que arrumar um jeito de prendê-la fora de casa por, pelo menos, meia hora. - Disse Zoe.
- Eu sei, mas como? - Perguntou Joseph.
- Uma distração! - Exclamou Lauren. - Só precisamos de alguém para distraí-la. - E eu só precisava de um momento a sós com ela.
- Eu vou! - Digo.
- Eu acho melhor eu ir. - Protestou Will. - Sabe... Namorado, distração... - Revirei os olhos. Como esse cara consegue ser tão otário?
- Eu vou sem problema. - Insisti.
- Não. Se alguém tem que ir, esse alguém sou eu! - Quando eu abri a boca para responder, Katie me interrompe.
- Meninos, parem com isso! Vocês estão parecendo duas crianças! - Ela disse séria. - Além do mais, precisamos de vocês aqui. David pode ir, não pode?
- Claro! - Ele disse com um sorriso no rosto. Não estava gostando da ideia de David ficar sozinho com a Jenni. Todo mundo conhece a fama de pegador que ele tem. E eu perdi mais uma oportunidade de falar com ela...
...
No fim deu tudo certo. Decoramos cada canto dessa casa, Gustavo e Derek chegaram a tempo com a bebida e a comida e o David chegou na hora certa com a Jenni.
A festa está muito boa até. Apesar, de eu achar que a Jennifer não conhece nem metade dessas pessoas. A música toca alta e as pessoas tomaram conta da pista de dança. Essa festa está ainda mais cheia do que a de Gustavo. Com um pouco de dificuldade, consigo passar por esse mar de gente e ir em direção a cozinha, quando meus olhos vêem o que faltava para minha vida acabar: Jennifer e Will aos beijos. Ok, eu sabia que ele gostava dela, mas ela... Eu acho que os assuntos não estão totalmente resolvidos entre nós. Ouço as palavras dela novamente. Seja lá o que falte para nós resolvermos, não será resolvido, pelo menos por um bom tempo. Ao menos ela parece feliz com ele, bem mais do que era comigo. Não presto atenção no que acontece a minha volta, apenas ouço rizadas, mas eu não procuro saber o motivo. A única coisa que eu conseguia prestar atenção era nela, nos braços de outro. Por um momento, nossos olhares se cruzaram. Eu  pude ver, no olhar dela, que ela ainda pensa em mim. Não sei como, mas pensa. Então, ela e Will somem e eu não os vejo o resto da festa.